sábado, 4 de maio de 2013

"UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE O VERDADEIRO AMOR"

O verdadeiro amor nunca morre. Esta é a definição mais completa do que seja o amor. Ele persiste mesmo quando o tempo passa e os anos correm juntamente com o cair da areia da ampulheta da vida. Um amor jamais desiste e, sendo fecundo, às vezes se queda calado... E como! O amor passa muito tempo a contemplar a pessoa amada sem ao menos uma palavra dizer. O amor puro e verdadeiro nunca acaba, pois, mesmo no mundo além, ele ainda assim é imortal.

Aquele que ama jamais se deixa mover pela aparência. Seus olhos não se contentam com o corpo, mas se movem em direção ao espírito. O amor verdadeiro é aquele que tem saudades. Sim, muitas saudades! Aliás, é aquele cuja distância não altera a saudade, pois, mesmo estando separados por alguns poucos metros ou por milhares de quilômetros, o anseio ainda é o mesmo e igual em todas as situações.

Aquele que ama de verdade é inundado por total respeito.

O amor é tão paciente que é capaz de sentar-se solitário e se contentar com a leve e doce lembrança dos tempos passados. O verdadeiro amor nunca é egoísta. Ele não quer a pessoa em si, como se fosse uma mera propriedade ou possessão; ele anseia pelo amor dela.

O verdadeiro amor faz aquele que ama notar a intenção de cada mínima ação da sua enamorada. Sim. Cada andar, cada palavra dita ao ar, cada movimento e cada nuance do tom de voz são logo captados e devidamente interpretados pelo coração daquele que suspira calado. Tudo nota ao ponto de perceber, até mesmo, um brilho menor nos olhos acompanhado de um espírito mais quebrantado, denunciando o choro...
A única oposição que o verdadeiro amor encontra é ouvir um “não”, mesmo que não verbalizado, daquela à quem devota sua vida. O amor é, por isso, cheio de liberdade, cuja ação só pode ser impedida por uma das partes...

Basta um leve sorriso ou olhar, que para ele já vale todos os tesouros do universo ou simplesmente a presença da pessoa amada no mesmo recinto, mesmo querendo afogá-la em meio aos beijos... O amor é tão profundo que parece nadar para o interior dos sentimentos. O amor, tão sensível, nos faz entender o outro; entender psicológica, emocional e espiritualmente.

O amor é a “beleza plena”, ou seja, a formosura em seu ápice e plenitude, pois tudo torna encantador, fazendo do dia mais frio e nebuloso uma estação de sol e flores na alma que, mesmo com o mudar da temperatura terrena ou o esfriar do dia, ainda mantêm quente o coração. O amor verdadeiro torna o mundo melhor, devolvendo calor e humanidade, mesmo àqueles que já há muito se esqueceram do que é “sentir”. É formosa!

Pode-se dizer que o amor verdadeiro é uma caixinha de surpresas... Não sabemos ou temos idéia do que nos reserva o futuro e, ainda assim, temos ao menos a certeza de que, a despeito de tudo o que possa acontecer, o amor será, ao menos, o único sentimento que nos alimentará o ser e que permanecerá como fortaleza inespuguinável.

O amor é quieto e ao mesmo tempo barulhento. Consegue guardar calado a verdade do que sente na alma e, ainda assim, quer sair gritando pelas ruas, acompanhado de sinos repicando e fogos de artifício coloridos...

Às vezes, o amor faz a gente ficar esperando o momento certo de dizer o que se sente... Mas, este mesmo amor ainda assim pode dar medo ou em nós por temor; temor de não ser correspondido, de ser motivo de riso ou apenas logo expelido. O amor é ao mesmo tempo corajoso e temeroso...

O verdadeiro amor não nos deixa envelhecer por dentro. Mesmo que os anos avancem impiedosamente sobre nós, ainda assim o nosso espírito continua a possuir o mesmo vigor e força.

Jamais lhe dá desespero, apesar da dor. O amor não é fruto da razão ou da emoção; é algo que vai além da imanência das pessoas e, praticamente, as faz tocar os céus!"


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