Os psicopatas são falantes,
charmosos, simpáticos, sedutores, capazes de impressionar e cativar rapidamente
qualquer pessoa. Sua capacidade de “parecer bonzinho, educado e inofensivo é
impecável”. É a pessoa perfeita, aquela que você menos desconfia ser um
psicopata. Tudo isso é uma fachada, como um teatro muito bem engendrado para
esconder suas características perturbadoras: a incapacidade de se adaptar às
normas sociais com respeito a comportamentos dentro da lei ou da ética social,
indicado pela repetição de atos criminosos. A capacidade de enganar, através de
mentiras repetidas a fim de obter lucro pessoal ou prazer. Desrespeito e
imprudência pela sua própria segurança e dos outros. Irresponsabilidade,
indicada por falhas repetidas na manutenção do trabalho ou honrar suas
obrigações financeiras. A falta total de remorso ou culpa por ter ferido,
maltratado, roubado, enganado ou mesmo matado outras pessoas. Eles são
inteligentes, mas insensíveis, frios, manipuladores e sua capacidade de fingir
sentimentos é perfeita. Se descobertos, são mestres em inverter o jogo,
colocar-se no papel de vítima ou tentar convencer de que foram mal
interpretados. E estão conscientes de todos os seus atos.
Assim os psiquiatras os descrevem. Este perfil assombroso é absolutamente realista. Os psicopatas são o extremo mais grave dos que apresentam “distúrbio de personalidade anti-social” (DPA). A possibilidade de você já ter encontrado um em seu caminho é grande, pois pelas estatísticas da Organização Mundial da Saúde uma em cada 100 pessoas uma é sociopata em maior ou menor grau, 1% a 4% da população mundial.
Não existe defesa totalmente
segura contra eles. Segundo os psiquiatras muitos atos cometidos com crueldade
atuais ou não, podem ter origem nesse mal. O grande desafio é reconhecê-los,
devido a capacidade de enganar com perfeição e dizer exatamente o que você quer
ouvir, que eles possuem. Você só descobre que cruzou o caminho de um psicopata,
após ter sido prejudicado por ele.
O psicopata não é exatamente um
doente mental, mas sim um ser que se encontra na divisa entre sanidade e a
loucura. O ser humano normal é movido pelo triangulo: razão, sentimento e
vontade. O que move um psicopata é: razão e vontade ou seja o que os move é
satisfazer plenamente seus desejos, mesmo que isso envolva crimes como: golpes
financeiros, roubos, furtos, estupro ou assassinato. Não importa, já que para
eles não existe o fato: sentimento. Eles já foram descritos como seres
desprovidos de “alma”.
Os sociopatas exibem egocentrismo
e um narcisismo patológico, baixa tolerância para frustração e facilidade de
comportamento agressivo, falta de empatia com outros seres humanos. Eles são
geralmente cínicos, incapazes de manter uma relação e de amar. Eles mentem sem
qualquer vergonha, roubam, abusam, trapaceiam, negligenciam suas famílias e
parentes.
O pesquisador canadense Robert
Hare, um dos maiores especialistas do mundo em sociopatia criminosa, os
caracteriza como "predadores intra-espécies que usam charme, manipulação,
intimidação e violência para controlar os outros e para satisfazer suas
próprias necessidades. Em sua falta de consciência e de sentimento pelos
outros, eles tomam friamente aquilo que querem, violando as normas sociais sem
o menor senso de culpa ou arrependimento."
Os próprios sociopatas se
descrevem como "predadores" e sentem orgulho disto. O psicopata é
incapaz de aprender com a punição ou de modificar seu comportamento. Quando
descobre que seu comportamento foi identificado, ele reage escondendo muito bem
este seu “lado negro”, mas nunca mudando, disfarça de forma inteligente as suas
características de personalidade.
O indivíduo sociopata não
apresenta sintomas de outras doenças mentais, tais como neuroses, alucinações,
delírios, irritações ou psicoses. Eles apresentam um comportamento tranquilo
quando interagem com a sociedade, geralmente possui uma considerável presença
social e boa fluência verbal. Não é incomum, eles se tornarem líderes sociais
de seus grupos. Muito poucas pessoas, mesmo após um contato duradouro com o
sociopata, são capazes de imaginar o seu "lado negro", o qual a
maioria dos sociopatas é capaz de esconder com sucesso durante sua vida
inteira, levando a uma dupla existência. Vítimas fatais de sociopatas violentos
percebem seu verdadeiro lado apenas alguns momentos antes de sua morte.
Graças
aos céus os psicopatas que matam, estupram e torturam não são os mais
frequentes. O mais comum é o tipo parasita: aquele que se dedica a atormentar e
dar golpes em suas vítimas sem nunca atentar fisicamente contra elas. Políticos
corruptos, líderes autoritários, pessoas agressivas e que abusam da sua
confiança, etc... Uma característica comum aos sociopatas é a de usarem
sistematicamente a enganação e manipulação de outros visando ganhos pessoais.
Um estudo epidemiológico do NIMH (National Institute of Mental Health) registrou
que somente 47% daqueles que eram sociopatas tinham uma história de processo
criminal significativo. O mais comum para estes são problemas no trabalho,
violência doméstica, tráfico e dificuldades conjugais severas. Normalmente os
indivíduos com este distúrbio de personalidade são ciumentos, possessivos,
irritáveis, argumentadores e intimidadores. Seu comportamento frequentemente é
rude, imprevisível e arrogante.
Resumindo
todos os aspectos essenciais do estudo do TPA - psicopatia ou sociopatia:
- um transtorno de natureza
crônica que inicia-se como transtorno de conduta em torno de 15 anos e
consolida-se como TPA aos 18 anos.
- Os portadores de TPA tem uma
inteligência média e alguns são muito inteligentes. Usam muito os recursos
verbais e são muito convincentes nas suas argumentações.
- Tem alterações no lobo frontal ( a parte do cérebro que controla o relacionamento com as pessoas ) e nos circuitos que controlam as emoções. Estas alterações fazem com que sejam agressivos, irritadiços e estabeleçam relações muito perturbadas.
- As possibilidades de tratamento
são limitadas pois os portadores de TPA não estabelecem vínculos firmes e
duradouros e não aprendem com a experiência.
- Quando punidos não aprendem com a experiência, voltando a cometer crimes e violar os direitos dos outros.
- Não sentem culpa com os atos anti-sociais que cometem e sempre têm explicações e racionalizações. Às vezes chegam a dizer que “matei por amor”. São pessoas extremamente frias e calculistas. -- Colocam nos outros ( projetam ) aspectos detestáveis da sua mente e sentem uma espécie de triunfo e grandiosidade quando enganam ou agridem alguém.
- As medidas de prevenção não são muitas e consistem em ajudar aos portadores a não se reproduzirem com o excesso que lhes é peculiar, com medidas de apoio.
- A nível individual a proteção é o conhecimento e boa observação das pessoas com os quais convivemos e com quem fazemos transações comerciais.
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