
Exemplo de um ‘não’ assertivo: Um amigo lhe pede o carro emprestado, mas você não gosta de emprestar seu carro, então, você diz a ele: “Sinto muito, amigo, mas eu não gosto de emprestar o meu carro”. Esse é o ‘não’ assertivo, sem rodeios, sem carga, refletindo apenas o seu sentimento. Todo mundo tem o direito de não querer emprestar o carro. Mas você deve estar se perguntando agora: e se a pessoa ficar chateada comigo?
Esse é o problema. É exatamente por esse motivo que não conseguimos dizer não. Porque queremos sempre agradar o outro, em detrimento de nossos reais sentimentos e vontades. E fazemos isso por causa de nossos processos de carência, de querer se fazer de bonzinho, boazinha. Temos medo de não sermos mais ‘amados’ se magoarmos os outros. Essa forma de pensar e agir é equivocada. Só conquistamos o respeito das pessoas quando expressamos nosso sentimento com sinceridade, e, nesse caso, se a pessoa ficar chateada, é um problema que ela tem que resolver.
Mas antes de dizer um não, é importante refletir sobre a situação em questão, para evitar o erro de expressar um não cheio de carga, de mágoas, de agressividade. É fundamental ter a certeza de estar dizendo o ‘não’ para uma situação específica e não para punir ou agredir alguém. Por isso a importância da autoconfiança. Ao dizer um ‘não' para uma criança, por exemplo, deve-se ter em mente a razão desse não; e ao dizê-lo, deve ser mantido, sem voltar atrás. Se o motivo do ‘não’ estiver bem claro, não vai gerar culpa.
Exercitar um ‘não’ assertivo não é tão simples. Demanda algumas mudanças de comportamento e de revisão interna. Exige que tenhamos total contato com a realidade e com o aqui e agora. E exige também que busquemos o auto-aperfeiçamento para elevar nossa auto-estima e autoconfiança. Esse aperfeiçoamento vai nos tornar pessoas melhores, mais bem resolvidas; e ao alcançar esse nível, estaremos aptos a expressar nosso real sentimento, sem medos, dizendo simplesmente para o outro: sim ou não.
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